terça-feira, 23 de abril de 2013

Eduardo Campos no mote da segurança

Governador, que busca cacifar seu projeto presidencial, defende a criação de um sistema único de segurança pública

Gabriela López

Desde que começou a trabalhar para se lançar candidato ao Palácio do Planalto em 2014, o governador Eduardo Campos (PSB) recheia seus discursos com assuntos nacionais e críticas veladas à presidente Dilma Rousseff (PT). Não foi diferente ontem, durante a cerimônia de entrega de 128 viaturas, cujo investimento foi financiado em parte (R$ 2,3 milhões) pela Secretaria Nacional de Segurança. O socialista defendeu a criação de um sistema único de segurança e atacou a maneira como são distribuídos os recursos destinados à área.

"A primeira atitude em relação à segurança pública é o município dizer que é tarefa do Estado, o Estado dizer que é problema da União e a União dizer que é com o Estado. Estamos vendo a necessidade de romper com este ciclo, municípios, Estados e a própria União fazerem o debate. O que não temos ainda é um sistema para financiar a segurança de forma tripartite", observou.

Para Eduardo, o sistema de segurança só será consolidado quando os recursos forem otimizados. Uma solução, segundo ele, seria investir em repasses fundo a fundo, como ocorre na saúde e na educação.

"Se os municípios não entram para ajudar em ações básicas, como iluminação e cuidar da urbanização de áreas degradadas, não tem como o Estados ou a União fazerem. Os Estados também têm que ter um planejamento da ação policial e a União precisa estar sintonizada com este sistema e ter a parte de financiamento, porque muitas vezes ele ocorre, mas não de maneira destravada", comentou.

No comando do governo de Pernambuco, Eduardo assumiu a promessa de reduzir em 12% anualmente o número de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) no Estado, e, para isso, criou o programa Pacto Pela Vida. Embora há seis anos consecutivos seja registrada queda no número de mortes, nos últimos dois anos a meta não foi atingida. Em 2011, ficou em 1,2% e, em 2012, 6,3%.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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