sábado, 9 de março de 2013

Jarbas joga Eduardo e PSB contra o PT

"Eduardo é candidatíssimo. E para ganhar", diz senador

Bruna Serra

Se ainda pairava sobre a cabeça dos incrédulos alguma nuvem de dúvida sobre a solidez da reconciliação entre o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ela foi dissipada ontem. Em visita à Prefeitura do Recife, o senador não só voltou a elogiar o antigo desafeto como lançou sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2014, contra o palanque da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

"Eu acho que ele (Eduardo) é candidato, poderia dizer mais, eu acho que é candidatíssimo. Estou engajado nesse projeto e, inclusive, disposto a trabalhar dentro do meu partido, nas bases e dentro do Senado da República, com alguns senadores, para promover alguns encontros", afirmou Jarbas, em entrevista após encontro de uma hora com o prefeito Geraldo Julio (PSB).

Para Jarbas Vasconcelos, a tentativa do PT de "estimular desavenças" no PSB - alimentando os irmãos Cid (governador do Ceará) e Ciro Gomes com críticas a Eduardo Campos - é um "sequestro" do direito dos brasileiros a outras alternativas de poder. "O governo, o PT, o comando do PT, essas pessoas não podem sequestrar, tentar um sequestro de alternativas ao Brasil. Não pode ficar nessa coisa de PT reiteradamente, que não quer que a oposição ou fora da oposição uma pessoa, como Eduardo Campos, que pertence ao núcleo do governo, mostre uma postulação", criticou.

Instado a responder se o PT estaria reagindo de forma exacerbada aos movimentos políticos do líder socialista, Jarbas disparou: "Isso parece que é um fim de mundo, isso parece que não pode acontecer. Isso, na prática, é sequestrar, é não querer que surjam alternativas de poder, perspectiva, expectativa de poder dentro do País, isso é ruim. Acho que, pelo que se conhece de Eduardo, ele vai levar isso (a candidatura) à frente", ponderou o senador.

A versão propagada por petistas, de que a candidatura de Eduardo serviria apenas para forçar um segundo turno, quando ele terminaria nos braços da presidente Dilma, foi negada de forma veemente pelo senador peemedebista. "Não acho que Eduardo seria candidato para ajudar Dilma num segundo turno. Ele é candidato para ganhar, ele é candidato para levar a eleição para o segundo turno e disputar. Não vai fazer jogo, não vai entrar para provocar, vai entrar para ganhar a eleição, tem mostrado isso."

Sempre ácido com a figura do ex-presidente Lula, Jarbas criticou a antecipação da corrida sucessória, classificando como "péssima" para o Brasil e para a presidente Dilma. "O Lula cometeu uma insanidade política no momento que lançou a presidente da República (à reeleição). Péssimo para o País, porque nós vamos ter uma antecipação de eleição (campanha) que só se daria em fevereiro, março de 2014 e foi antecipado para fevereiro/março de 2013", arrematou.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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