quarta-feira, 6 de março de 2013

De olho em 2014, Dilma busca aproximação com sindicalistas

Em outra frente, Eduardo Campos costura acordo com a Força

Gustavo Uribe

Diálogo. Dilma segue recomendação de Lula e começa hoje reaproximação com sindicalistas

SÃO PAULO - Em busca de apoio para a disputa eleitoral de 2014, a presidente Dilma Rousseff decidiu seguir recomendação de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e dará início a partir de hoje a esforço de reaproximação com o movimento sindical, que reclama da falta de diálogo nos últimos dois anos com o governo federal. À tarde, a petista se reunirá, no Palácio do Planalto, com as principais lideranças das entidades trabalhistas, que farão, em Brasília, a 7ª Marcha da Classe Trabalhadora.

Na última semana, a presidente se encontrou, em Brasília, com os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Nas reuniões, ela sinalizou que pretende estreitar laços com as centrais sindicais, acionou ministros para analisarem reivindicações da classe trabalhadora e garantiu que, na próxima terça-feira, participará da inauguração da nova sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

Encontro com socialista em Brasília

As entidades sindicais esperam que, na reunião de hoje, o governo federal dê sinalizações de que atenderá neste ano pelo menos duas reivindicações: o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho. Desde o início do governo, a presidente delegou ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) a tarefa de atuar como interlocutor junto às centrais sindicais. A mudança de postura ocorre no momento em que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, esforça-se para criar laços com as entidades trabalhistas. Na segunda-feira, ele se reuniu com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, e propôs mudanças na proposta do governo federal de alteração do modelo de administração dos portos. Hoje, o dirigente do PSB se reunirá com a presidente após evento com governadores e prefeitos para discutir o PAC Mobilidade.

- Na semana passada, tive uma conversa com a presidente e houve, neste ano, uma forma diferente de abordagem com o movimento sindical. Eu fui um daqueles que criticavam a forma dela nos receber, não a forma dela governar. Ela nos recebeu por mais de uma hora e ouviu nossas reivindicações - afirmou o presidente da UGT, Ricardo Patah.

Hoje, as centrais apresentarão pauta com 12 reivindicações, entre elas correção da tabela do imposto de renda e a adoção de uma política de valorização dos aposentados. As centrais esperam mobilizar cerca de 40 mil trabalhadores, que farão uma marcha do estádio Mané Garrincha à Câmara dos Deputados.

Fonte: O Globo

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