terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Eduardo vê governo sem "plano regional"

Governador volta a criticar "rinha" política PT-PSDB e faz novos "alertas" ao governo Dilma. Em sua avaliação, falta ao País uma política de desenvolvimento regional

Na terceira oportunidade que lhe foi dada, em menos de cinco dias, para reforçar seu discurso nacional, o governador Eduardo Campos (PSB) voltou ontem a soltar "alertas" ao governo federal sobre os rumos da economia do País e também a criticar o que tem chamado de "antecipação do debate eleitoral". O socialista aproveitou o mote do seminário "Nordeste: como enfrentar as dores do crescimento?", promovido pela revista Carta Capital, em hotel de Boa Viagem, para afirmar que a presidente Dilma Rousseff (PT) não adota uma política de desenvolvimento regional.

"2011 foi pior que 2010 e 2012 pior que 2011. Este ano também não será melhor se apequenarmos a discussão política do País. Não precisamos discutir o Brasil da próxima eleição, mas o Brasil da próxima década", disse Eduardo, em recado ao PT e PSDB. É do PSB, seu partido, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

Na sexta (22), no encontro com prefeitos em Gravatá, o governador havia condenado a polarização do debate político entre petistas e tucano. Disse, na ocasião, que a população está cansada do que chamou "velha rinha política". Ontem, insistiu na tecla ao afirmar que o debate sobre o futuro do País não pode ser "chato, uma discussão do Brasil contra o Brasil". Buscando mostrar-se como um meio termo na rivalidade PT-PSDB, elogiou, novamente, iniciativas das gestões de ambos os partidos à frente do País. Enalteceu as políticas de inclusão social iniciadas pelo ex-presidente Lula (PT) assim como o controle da inflação, atribuído a Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Ao governo Dilma, coube a cobrança pela adoção de políticas para diminuir as desigualdades regionais, fator fundamental, segundo Eduardo, para a retomada do crescimento do País. "O desenvolvimento regional deve ser uma política de Estado. Não pode ser visto como uma ameaça, mas como uma oportunidade para o País". Na avaliação do socialista, existem apenas iniciativas isoladas do governo federal. "Faltam investimentos, falta uma política de desenvolvimento regional que possa garantir um sistema que vença as desigualdades que estão não só no Nordeste, mas no próprio Sudeste".

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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