quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Moroni, do DEM, segue à frente em Fortaleza

Pesquisa saiu após revogação de censura imposta por juiz eleitoral

FORTALEZA e CURITIBA A terceira pesquisa Datafolha sobre as eleições em Fortaleza mostra que o candidato do DEM, Moroni Torgan, continua liderando as intenções de voto na capital cearense, apesar da aproximação do segundo e terceiro colocados. O levantamento, encomendado pelo jornal "O Povo", mostra Torgan com a preferência de 22% dos eleitores. Roberto Claudio, do PSB, tem 17% e está tecnicamente empatado com Elmano de Freitas (PT), que tem 16%, e Heitor Ferrer, do PDT, com 14%.

Renato Roseno (PSOL) chegou a 8% das intenções, seguido por Inácio Arruda (PCdoB), com 6%, e Marcos Cals, do PSDB, com 3%. Outros três candidatos não foram citados. Votos brancos e nulos somam 5% e os indecisos, 8%. A pesquisa, registrada no Tribunal Eleitoral (TRE) sob o número CE-00039/2012, foi realizada entre os dias 10 e 11 de setembro com 831 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O candidato do DEM também tem o maior índice de rejeição: 36%. Nesse ponto, Torgan é seguido por Elmano de Freitas, com 26%, Inácio Arruda, com 26%, e Roberto Claudio, com 20%. O candidato com menor rejeição é o pedetista Heitor Ferrer, com 10%

Após os candidatos Inácio Arruda e Renato Roseno questionarem o fato de não ter sido incluídos nas simulações do segundo turno, o juiz Mário Parente, da 114ª Zona Eleitoral, determinou a não divulgação dos dados do Datafolha. Mas ontem à noite, porém, uma decisão do TRE do Ceará liberou a divulgação.

Curitiba: nova censura

Ontem, a censura a pesquisas nas eleições em Curitiba teve mais um lance, com o pedido de impugnação de pesquisa eleitoral Ibope que seria divulgada na sexta-feira pela RPCTV, retransmissora da TV Globo. A candidatura de Rafael Greca (PMDB) protocolou representação no TRE-PR com esse objetivo. O candidato alega que o Ibope não incluiu o nome do candidato nas consultas de intenção de voto no segundo turno, segundo o advogado Marcelo Marcengo.

- A judicialização das eleições nesse aspecto é ruim, mas inevitável, pois pesquisa influencia voto - afirma Marcengo.

Anteontem, o juiz Luciano Carrasco concedeu liminar à coligação liderada pelo candidato Gustavo Fruet e proibiu a divulgação de pesquisa Datafolha/RPCTV.

O pedido de Greca será analisado pelo juiz Marcelo Walbach Silva, que na terça-feira afirmou que "a ingerência antecipada em pesquisas que sequer tiveram seus resultados divulgados se assemelha à censura prévia, tão combatida por anos e, finalmente, extirpada da vida política brasileira".

Pedidos de impugnação de pesquisas eleitorais já se tornaram rotina em Curitiba. Antes de Fruet e de Greca, o candidato Ratinho Júnior (PSC) havia questionado na Justiça outra pesquisa Ibope. A coligação de Luciano Ducci (PSB) conseguiu vetar a divulgação de pesquisas do Vox Populi, IRG e DataSenso.

- A divulgação de pesquisas idôneas é importante para o processo democrático, pois estimula a participação dos eleitores nas discussões sobre as campanhas - avalia Sandra Avi dos Santos, do Grupo de Estudos de Comunicação Política e Opinião Pública da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

FONTE: O GLOBO

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