sábado, 18 de agosto de 2012

MST e grevistas protestam em AL na visita de Dilma

Rafael Moraes Moura, Marechal Deodoro

Integrantes dos movimentos dos Sem-Terra (MST), do Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e de Libertação dos Sem-Terra (MLST) atacaram ontem veículos de autoridades alagoanas que se dirigiam a uma nova unidade da fábrica da Braskem, onde se aguardava a visita da presidente Dilma Rousseff.

Os manifestantes obstruíram uma das principais rodovias de acesso à fábrica, localizada no município de Marechal Deodoro, a 30 quilômetros de Maceió. Para dispersar a manifestação, a Polícia Militar usou bombas de efeito moral. Os sem-terra atacaram veículos que passavam pela estrada com paus e pedras.

Segundo o Estado apurou, pelo menos quatro automóveis foram danificados - um de uma equipe de um jornal local, dois do governo de Alagoas e o carro oficial do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador Sebastião Costa Filho. Segundo a PM, não houve feridos. "Foi um ato consciente de total falta de respeito às autoridades. Ninguém está se colocando contra os direitos deles de reivindicação", criticou a vice-presidente do TJ-AL, a desembargadora Nelma Torres Padilha, que estava no carro de Costa Filho.

A cerimônia de inauguração da fábrica teve a presença permitida apenas para convidados e para a imprensa. Como Dilma chegou e saiu do local de helicóptero, evitou a manifestação.

Nas proximidades da nova fábrica, servidores federais em greve também realizaram protestos. Um panfleto distribuído por docentes da Universidade Federal de Alagoas afirma que "Dilma parou o Brasil". "Ela foi eleita prometendo dar prioridade à educação e à saúde pública e agora o que vemos é mais sucateamento e privilégios para os grandes capitalistas." A professora de biblioteconomia Dalgiza Andrade reclamou que o governo está "inflexível nas negociações, passando para a opinião pública a impressão de que a proposta (de reajuste) atende aos interesses dos professores". Como os sem-terra, os servidores também foram impedidos de chegar perto da fábrica.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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