sexta-feira, 13 de julho de 2012

Temer afaga Dilma e diz que aliança com o PT em 2014 seria algo 'natural'

Vice-presidente também abre as portas do PMDB para senadora Kátia Abreu (PSD)

Tatiana Farah

Para Temer, PT e PMDB estão irmanados em defesa do governo Dilma

SÃO PAULO. Um dia depois de receber afagos políticos da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou que o PMDB deve manter a aliança com o PT para as eleições de 2014. Ontem, em evento eleitoral em São Paulo, Temer disse que a crise petista com o PSB não deverá afetar a campanha de reeleição da presidente.

- Essas coisas, vocês sabem como é. Às vezes, se modificam de um dia para outro, mas a tendência natural é exatamente essa: manter a aliança que nós fizemos dois anos atrás - disse Temer, que também falou sobre as conversas com o presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos (PE): - É nosso colaborador, uma figura muito importante no cenário político nacional e tenho certeza de que ele estará em 2014 com os partidos que se aliaram em 2010.

Temer falou sobre a reunião que teve com Dilma anteontem, quando a presidente salientou que o PMDB é seu principal aliado:

- O que a presidente Dilma fez foi retratar o que acontece hoje em Brasília. Ela reproduziu aquilo que já vem acontecendo. O PMDB vem dando um apoio muito grande ao governo. Está irmanado com o PT e com os partidos aliados na defesa do governo.

Para o vice-presidente, a cassação do ex-senador Demóstenes Torres era esperada e é seu "direito democrático" apelar à Justiça, como anunciou o o senador cassado horas depois da votação.

- Não quero comentar o mérito, mas com tudo o que aconteceu e que foi divulgado, na verdade (a cassação) era uma questão praticamente pré-solucionada.

O vice-presidente confirmou que tem conversado com a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), de quem se diz amigo, e que as portas do partido estão abertas a ela, protagonista de um embate com o presidente e fundador do PSD, o prefeito paulistano Gilberto Kassab.

Perguntado sobre a sua participação em ato eleitoral durante o horário de expediente, prática vetada pela presidente Dilma, Temer alegou que estava em São Paulo porque tinha comparecido ao velório de um amigo, no interior do estado, na parte da manhã.

- Nós vamos fazer a campanha. Acho que a presidente Dilma também. Se for o caso, ela fará. Se for o caso.

FONTE: O GLOBO

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