segunda-feira, 25 de junho de 2012

PV lança Aspásia Camargo à prefeitura do Rio

Candidata defende regularização fundiária nas favelas e diz que coalizão de Eduardo Paes é grande demais para governar

Cristina Tardáguila

O PV oficializou ontem a candidatura da socióloga Aspásia Camargo à prefeitura do Rio. Em discurso de cerca de uma hora no auditório da Universidade Cândido Mendes, no Centro, a ex-vereadora e atual deputada estadual anunciou que suas metas são a regularização fundiária nas favelas, a mobilidade urbana e uma cidade mais sustentável:

- A linha mestra da minha candidatura será a regularização fundiária, que já começou no morro do Cantagalo. O indiano Muhammad Yunus, pai do microcrédito, e o peruano Hernando de Soto já mostraram que é possível fazer isso, que já há programas de regularização sendo aplicados mundo afora. Estamos dormindo no Rio, fazendo demagogia. Não podemos deixar que a cidade ultrapasse São Paulo no problema do trânsito e precisamos levar adiante a Agenda 21, na qual trabalhei por cinco anos e que foi retomada na Rio+20.

Aspásia lembrou ser a única mulher candidata à prefeitura e alertou para a suposta dificuldade que o prefeito Eduardo Paes terá, se reeleito, para governar com uma coalizão tão grande.

- Paes conta com o apoio de 19 partidos e já tem quase 15 minutos de TV, enquanto eu tenho um minuto. Mas pobre do prefeito que se elege apoiado por 19 partidos. Com tanta gente no balaio, a carroça não anda. Fica tão pesada, com tantos interesses contraditórios, que não anda.

Participaram do evento o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), que, apesar de ter cochilado durante o discurso de Aspásia, disse que ela é "uma opção de qualidade para a prefeitura", e o jornalista Fernando Gabeira, que hesitou em posar para fotos junto à candidata. Em 2008, ele perdeu a eleição para Paes pela diferença de apenas 50 mil votos.

- Essas eleições são importantes - disse Gabeira, na saída do evento. - O Rio acaba de passar por uma conferência internacional que mostrou as qualidades da cidade, mas também a vulnerabilidade do Rio, sobretudo com relação à mobilidade urbana. Se não solucionarmos isso, os eventos no futuro estarão comprometidos.

FONTE: O GLOBO

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