quinta-feira, 7 de junho de 2012

Economistas começam a rebaixar PIB para 2013

Aumenta número de instituições que esperam taxa de crescimento abaixo de 2% este ano

Henrique Gomes Batista, Marcio Beck e Vivian Oswald

RIO E BRASÍLIA. Bancos, consultorias e analistas aproveitaram a confirmação da inflação de maio para rever suas expectativas econômicas. Mais instituições esperam crescimento de apenas 2% neste ano (Itaú Unibanco, que antes esperava alta de 3,1%) ou até abaixo deste patamar (1,9% nas projeções do Banco Pine e da Tendências). E a redução também já afeta a previsão para 2013: o Itaú cortou de 5,1% para 4,5% sua expectativa de crescimento no ano que vem e a LCA Consultores reduziu a projeção de 5,1% para 4,9%.

"A aceleração da economia no segundo semestre deste ano favorece o crescimento de 2013. O carry over (a expansão da economia que passa de um ano para o outro) do PIB do quarto trimestre já garante, na nossa estimativa, um crescimento de 1,8% no ano que vem. Avaliamos que o ritmo de crescimento ao longo de 2013 será um pouco mais moderado do que o anteriormente projetado, por isso a revisão para baixo na estimativa para o ano. Consideramos que o cenário internacional permanecerá incerto por mais tempo.", afirmou Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, em um relatório divulgado ontem.

O Banco Fator culpou o baixo desempenho do investimento nas contas nacionais pelo revisão do comportamento da economia este ano. Eles esperavam expansão de 2,7% e agora creem que o PIB avançará apenas 2,3%.

Governo já vê aumento do crédito em maio e junho

Mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo já é capaz de detectar o aumento do crédito em maio e em junho, o que estaria estimulando o consumo e o investimento. Segundo Mantega, o crescimento da economia terá taxas "muito maiores" do que em abril e também ficará acima do verificado no primeiro trimestre do ano. No período, o PIB avançou apenas 0,2%.

- Teremos crescimento do PIB e da produção industrial. O setor que cresceu menos no primeiro trimestre foi o automobilístico, que tem grande peso no PIB e agora vai crescer mais do que outros setores. Portanto, estaremos reconstituindo um crescimento maior. - afirmou Mantega.

FONTE: O GLOBO

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