sábado, 31 de março de 2012

Recife: Jungmann é lançado, mas...

Débora Duque

A postura era de prefeiturável. Um auditório lotado, apresentação em Powerpoint de propostas para o Recife e a presença do presidente nacional do partido para dar força ao projeto. No entanto, o lançamento da pré-candidatura do ex-deputado Raul Jungmann (PPS) à prefeitura da capital aconteceu, ontem, com indícios – dados pelos próprios pós-comunistas – de que pode “morrer” em breve.

Junto com a disposição de enfrentar a disputa majoritária da capital, Jungmann tentou mostrar que o ato – realizado no plenarinho da Câmara do Recife – não significava uma ruptura com o DEM e PMDB, admitindo a possibilidade de compor com as duas siglas. “Apesar de lançar essa pré-candidatura, permanecemos no campo das oposições, buscando o diálogo e a unidade”, disse à plateia composta não só por correligionários como integrantes do PMN, com o qual o PPS oficializou a união.

Mais cedo, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, também acenou para a possibilidade de haver um recuo, a depender das negociações com os outros partidos. Ele prestigiou o ato, organizado pelo correligionário, mas antes concedeu entrevista à Rádio JC/CBN. “Estamos oferecendo um candidato muito capacitado, o que não quer dizer que acabou o diálogo. Ele vai existir, mas os outros aliados vão saber que temos uma opção. O que não pode é ficar parado como estamos agora. Temos que avançar”, defendeu.

Nos bastidores, comenta-se a possibilidade de Jugnmann, atualmente sem mandato, disputar uma vaga para a Câmara do Recife e apoiar a candidatura do deputado federal Raul Henry (PMDB). O pós-comunista resolveu articular o evento de ontem com o objetivo de acelerar o processo de definição do bloco oposicionista.

Apesar dos indicativos de pode recuar da candidatura, Jungmann, portando-se como postulante, não economizou nas críticas às administrações e brigas internas do PT. “O próprio partido reconhece que a gestão atual é uma tragédia. Mas não adianta trocar o nome, porque o desastre será o mesmo”, provocou.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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