domingo, 18 de março de 2012

Divergências internas racham partidos em SP

PMDB, PT e PSDB tentam administrar crises que atrapalham suas pré-candidaturas na reta inicial da disputa eleitoral

Silvia Amorim

SÃO PAULO. Com a pré-candidatura do partido em São Paulo avalizada pelo vice-presidente Michel Temer, o PMDB exige que nesta semana seus quadros entreguem os cargos que ocupam na prefeitura da capital. O ultimato veio dos que apoiam o pré-candidato da legenda, deputado Gabriel Chalita. Ele se diz constrangido com a situação, já que seu discurso tem como base as críticas à gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Assim como entre os peemedebistas, divergências internas têm tirado o sono também de tucanos e petistas, que administram rachas nessa reta inicial da disputa eleitoral.

No caso do PMDB, o alvo da discórdia é o comando de duas secretarias de Kassab: Esportes e Participação e Parceria. Há cerca de duas semanas, dirigentes do partido em São Paulo decidiram deixar a prefeitura. Foi dado um prazo para que os ocupantes desses postos comunicassem Kassab dessa decisão. Como o prefeito estava em viagem ao exterior até a noite da última sexta-feira, a expectativa no núcleo de apoiadores de Chalita é que o comunicado seja feito ainda esta semana.

Chalita tem feito um discurso duro sobre a gestão do prefeito. Por isso, a presença do PMDB no governo tem criado constrangimentos, sentimento que também tem invadido as campanhas adversárias.

Enquanto no PT o foco da divisão interna está nos cargos da coordenação da candidatura do ex-ministro Fernando Haddad, entre os tucanos a preocupação é com a rivalidade existente hoje entre os grupos do partido na disputa das prévias. Com a pré-candidatura de Haddad patinando nas pesquisas, o PT tenta debelar uma crise agravada com a doença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que o obrigou a se afastar temporariamente da campanha.

Nas últimas semanas, integrantes da corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), majoritária nacionalmente no PT, ainda cobraram de Haddad a nomeação de coordenadores para a campanha. Por enquanto, o posto de coordenador é ocupado pelo presidente do partido na capital paulista, o vereador Antonio Donato (PT), da corrente Novo Rumo. A CNB quer participar das decisões. A ideia é ter um comando compartilhado entre Donato e um deputado federal da corrente.

FONTE: O GLOBO

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