quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sérgio Guerra já prevê um novo escândalo

Tucano calcula que em breve surgirá um novo escândalo no governo. E defende que denúncias no Esporte tenham continuidade

Cláudia Vasconcelos

“Não dou 30 dias para o próximo escândalo. Nada garante que isso vai parar no Esporte.” A previsão sobre o futuro dos ministérios da presidente Dilma Rousseff é do presidente do maior partido de oposição no Brasil, o PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE). Na avaliação dele, a “faxina” anticorrupção que o governo federal estaria empreendendo, na verdade, atingiu verdadeiramente apenas o PR – legenda de pouca tradição, ao contrário do PCdoB, e cuja aliança com o PT tem menor peso estratégico do que a firmada com o PMDB, sigla de três dos seis ministros limados este ano.

Para Guerra, o pedido de demissão do ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), não pode pôr uma pá de cal nas denúncias a respeito de desvio de verba na pasta, a exemplo do que ocorreu com outros ministros. Por isso, prevê mais capítulos para a crise ministerial. “A oposição vai continuar insistindo na investigação e exigindo punição. Essa crise não vai acabar porque não houve limpeza nenhuma. É só encenação. Depois do que houve hoje (ontem, com a continuidade do PCdoB na pasta), ficou claro que a prioridade de Dilma era atingir só o PR”, disparou.

O tucano criticou o que chama de “aparelhamento” do Ministério do Esporte pelo PCdoB. “Vai ser um arranjo imprudente. De que serve tirar um ministro e botar outro do mesmo partido? O aparelho continua.”

Colega de Sérgio Guerra na Câmara Federal, a deputada pernambucana Luciana Santos está cotada para assumir o único ministério ainda nas mãos dos comunistas. Perguntado sobre que opinião tem a respeito, o presidente nacional do PSDB preferiu não polemizar. “Luciana é boa gente, mas não estou questionando as pessoas. Se a culpa do ministro não está provada, temos provas suficientes de que há o aparelhamento”, contemporizou.

Sem entrar em detalhes sobre as estratégias da oposição nesta nova crise do governo Dilma Rousseff, Sérgio Guerra diz apenas que o grupo estuda a “forma mais adequada” de cavar punição para os envolvidos nas recentes denúncias.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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