terça-feira, 17 de maio de 2011

PT emplaca mais filiados em cargos do 2º escalão

Petistas também devem tirar vaga do PMDB na Agência Nacional do Petróleo

Governador da Bahia, Jaques Wagner, deverá nomear um petista para Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

Catia Seabra

BRASÍLIA - Para insatisfação dos aliados, sobretudo do PMDB, o PT avança sobre os demais partidos da base na ocupação da máquina do governo.

Fora a presidência da Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, o PT garantiu a diretoria de participações imobiliárias da fundação para Carlos Augusto Borges.

Sua indicação contempla o ex-presidente do PT deputado Ricardo Berzoini (SP), que não escondia sua irritação com a perda de cargos no Banco do Brasil e na Caixa. O próprio Borges fora exonerado da vice-presidência da CEF, deflagrando uma crise.

Ligado ao senador Wellington Dias (PT-PI), o presidente da Funcef, Carlos Alberto Caser, foi presidente da extinta Confederação Nacional dos Bancários.

Já a presidência da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é uma demonstração de prestígio do ex-prefeito de São Carlos (SP) Newton Lima. O novo presidente, Dirceu Brás Aparecido Barbano, foi secretário durante a gestão do deputado.

Após dura queda de braço entre PT e PMDB, aliados do ex-ministro Patrus Ananias garantiram o comando da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Seu novo diretor-presidente, Gilson de Carvalho Queiroz, ocupa espaço antes reservado ao PMDB.

Numa articulação com o PC do B, o PT está prestes a tirar uma cadeira dos peemedebistas na ANP (Agência Nacional do Petróleo). Como o comando da agência ficará com o PC do B, o PT ocupará a vaga de Victor Martins, do PMDB. Um peemedebista acaba de ser exonerado da diretoria comercial da Pesa (Petrobras da Argentina).

Ainda no setor de Minas e Energia, o governador Jaques Wagner (BA) deverá nomear o petista Manoel Barretto na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Na EPE, o petista Elso Nunes deverá ser preservado.

Líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza minimiza a reação na base. "Os insatisfeitos continuarão insatisfeitos."

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

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