quinta-feira, 26 de maio de 2011

Kassab defende secretário e nega quebra de sigilo fiscal

Prefeito diz que a gestão fez apuração interna em Finanças e viu que acesso a dados de ISS da Projeto foram ‘todos’ autorizados

Felipe Frazão

O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) negou nesta quarta-feira, 25, que dados de movimentações financeiras da Projeto Consultoria Financeira Ltda - empresa aberta pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci - tenham sido vazados da base de informações tributárias da Prefeitura de São Paulo.

Na terça-feira, 24, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, havia dito que valores sobre o faturamento da consultoria haviam sido descobertos através da administração paulistana, via arrecadação do ISS pago pela Projeto.

"Não houve esse vazamento. Ficaríamos muito indignados se tivesse acontecido em qualquer órgão da Prefeitura. E seriam acionadas as medidas passíveis de punição", afirmou Kassab.

O prefeito afirmou que a Secretaria Municipal de Finanças já fez uma apuração interna e que recebeu uma ligação do titular da pasta, Mauro Ricardo Costa, ainda na noite de anteontem sobre o resultado dessa medida. Segundo Kassab, foi constatado que todos os acessos aos dados da Projeto na Prefeitura, nos últimos meses,foram autorizados ou a pedido da própria empresa.

"Foi feita uma cuidadosa análise das intervenções no cadastro da empresa (Projeto) e podemos afirmar, tranquilamente, que todas as intervenções nos últimos meses, todas elas, foram a pedido da própria empresa", afirmou Kassab.

O prefeito considerou "legítima e correta" a preocupação de Gilberto Carvalho em relação à quebra de sigilo fiscal da empresa de Palocci. "A preocupação do ministro é igual a nossa", frisou.

Contra-ataque. A afirmação de Carvalho foi feita a partir de informações levantadas pela bancada de vereadores do PT. Foram os parlamentares paulistanos que disseram ao Planalto que o sigilo fiscal da Projeto na Secretaria de Finanças teria sido violado - o titular da pasta é aliado do tucano José Serra. Assim que os petistas acusaram a pasta de Mauro Ricardo, vereadores do PSDB disseram que o PT queria encobrir o "fogo amigo" que, segundo eles, teria sido a origem das denúncias contra Palocci.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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