terça-feira, 9 de novembro de 2010

AL e RR também pedem renegociação dos débitos

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Ricardo Rodrigues / MACEIÓ

O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), defendeu ontem revisão da dívida do Estado com a União. Ele disse que conta com apoio da bancada tucana, na Câmara e no Senador, para conseguir a renegociação da dívida, que passa de R$ 7 bilhões.

"Queremos que o governo abra mão da cobrança mensal de R$ 40 milhões, que Alagoas paga a União pelo serviço da dívida, para investir em educação, saúde, segurança pública e infraestrutura", afirmou. Para Vilela, essa "ajuda" da presidente eleita, Dilma Rousseff, seria justificada levando em consideração os baixos indicadores sociais do Estado.

Para renegociar a dívida de Alagoas com a União, Vilela vai pedir ajuda aos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PTB), que foram seus adversários nas eleições deste ano. Collor disputou o governo do Estado, mas não passou do primeiro turno. E Renan apoiou o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), derrotado por Vilela no segundo turno.

De acordo com Vilela, Alagoas destina por mês 17% da sua receita líquida para o pagamento do serviço da dívida com a União. "São quase R$ 500 milhões por ano que Alagoas perde da sua receita líquida. Para um Estado pobre como o nosso, isso é uma sangria", argumentou o tucano.

Roraima. O secretário do Planejamento de Roraima, Haroldo Amoras, informou que o governador Anchieta Júnior (PSDB) também vai pedir à presidente eleita alongamento do prazo para pagar as dívidas que o Estado tem com a União. Anchieta estava ontem em Brasília. Amoras não informou o valor da dívida.

O governador eleito de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), deve pedir o chamado "encontro de contas" com a União. A dívida do Estado chega a R$ 14,7 bilhões.

"O governador não quer renegociar ou rolar as dívidas", disse o deputado estadual Daniel Goulart (PSDB), coordenador do governo de transição. "Deve cobrar para receber os créditos, porque o governo federal deve muito ao Estado, mas reluta em pagar."

Nenhum comentário: