sexta-feira, 18 de junho de 2010

Serra promete ampliar Bolsa-Família

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Em tom coloquial, o PSDB usou seu horário eleitoral na TV para apresentar seu candidato à Presidência, José Serra. Destacando que Serra é um "governante testado", o programa fez um apanhado da trajetória do tucano desde seu nascimento, numa "casinha" na Mooca. Serra defendeu o Bolsa-Família e disse que ele deve ser "ampliado e fortalecido".

Serra explora na TV preocupação social e experiência

Programa trata presidenciável como "Zé Serra", exibe cenas dele em família e destaca realizações nas áreas de saúde e educação

Ana Paula Scinocca
BRASÍLIA - O PSDB usou ontem programa partidário em rede nacional de rádio e TV para campanha de seu candidato à Presidência, José Serra. A propaganda mostrou o tucano como um gestor experiente, com grandes realizações na área social. Procurou, ainda, reforçar o lado humano do candidato tratando-o como "Zé Serra" e exibindo cenas dele em família.

"O Bolsa-Família deve ser ampliado e fortalecido", disse Serra, logo na abertura da propaganda. Depoimentos de cidadãos beneficiados por iniciativas do candidato quando era ministro e governador serviram para destacar a performance administrativa do tucano, definido como um "governante testado".

"Tem gente que gosta de falar. O Serra gosta de fazer", anunciou o locutor, antes de listar os principais feitos do tucano à frente do Ministério da Saúde, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Reforma de hospitais, vacina da gripe para idosos, ampliação do programa de saúde da família, lançamento dos remédios genéricos, programa de combate à Aids e mutirões da saúde foram alguns dos projetos lembrados.

Economista e professor, Serra também foi apresentado como um político que privilegia a educação, com destaque para o fortalecimento do ensino fundamental e profissionalizante quando era governador. O locutor lembrou que a gestão tucana implantou em São Paulo a remuneração por mérito para os professores e a colocação de dois professores em cada sala de aula.

Trabalhador. O programa lembrou que o candidato do PSDB foi o autor da proposta de criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). "O seguro-desemprego vem do FAT e o FAT financia obras de saneamento."

Apesar de reafirmar o compromisso com o principal programa social do atual governo, o Bolsa-Família, Serra não evitou críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que não foi mencionado diretamente, assim com a candidata do PT, Dilma Rousseff. Ao falar com um eleitor sobre a área de saúde, afirmou: "Nos últimos anos parou de avançar. Os mutirões acabaram e eu acho que têm de voltar."

"As coisas parecem difíceis, mas podem ser resolvidas. O Brasil avançou em algumas coisas, mas ainda falta muito por fazer", disse o tucano. "A saúde pública está ruim, a educação precisa melhorar muito, a segurança em muitos lugares está péssima. E as drogas são um verdadeiro pesadelo para as famílias."

Pai e avô. O programa começou com um rápida biografia de Serra. "Casado com Mônica, 68 anos, pai da Verônica e do Luciano, avô do Antonio, do Francisco e da Gabriela", diz o locutor, Serra nasceu numa "casinha" no bairro operário da Mooca.

"Filho de uma dona de casa e de um feirante, estudou em escola pública", prosseguiu o narrador do programa. Com os olhos marejados, Serra apareceu falando sobre a neta, Gabriela.

Em outro momento da propaganda, o locutor afirmou: "Zé Serra é um sujeito simples, de bem com a vida, de bem com seu povo." Em seguida, numa cena de rua, o próprio Serra afirmou: "Como tudo com pão."

O programa lembrou que Serra foi presidente da UNE e fez oposição ao regime militar. Resgatou, ainda, todos os cargos que ele ocupou: secretário estadual, deputado constituinte, senador, ministro, prefeito e governador de São Paulo.

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