quarta-feira, 16 de junho de 2010

Presidente ficou no meio-termo :: Celso Ming

Agência Estado

O presidente Lula pretendeu ficar no meio-termo e as finanças da Previdência Social saíram enfraquecidas.

A sanção do reajuste das aposentadorias de 7,7%, acima da inflação, que deverá ficar em torno dos 5,5%, foi uma tacada eleitoral destinada a comprar a boa vontade dos aposentados em relação à candidatura Dilma Rousseff.

O argumento técnico é o de que está sobrando verba. O crescimento econômico deste ano será de 6,5% a 7,5%, bem acima dos 5,5% que estão previstos pelo Orçamento da União. E isso significa mais arrecadação. Por outro lado, a inflação também será mais alta e preços mais altos também aumentam a arrecadação.

A título de compensação, o presidente Lula vetou o fim do fator previdenciário, cálculo que varia de caso para caso cujo objetivo é desestimular as aposentadorias prematuras. A longo prazo, essa decisão impediu um estrago maior nas finanças da Previdência do que o causado pelo reajuste de 7,7%.

Em todo o caso, este governo já decidiu que não pretende sanear nem a Previdência Social nem os sistemas públicos de Previdência que, a longo prazo, provocam problemas ainda mais sérios nas finanças públicas. Todo o sistema está desequilibrado, necessitado de reformas profundas. O governo Lula não teve coragem para atacar o problema.

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