quarta-feira, 16 de junho de 2010

Aliados e oposição elogiam reajuste a aposentados


Eugênia Lopes - Agência Estado

Líderes de partidos aliados e de oposição elogiaram a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de sancionar o reajuste de 7,72% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. A pouco mais de três meses para a eleição presidencial, os líderes oposicionistas evitaram criticar a decisão do presidente Lula.

"O aumento foi correto. Não foi só porque é ano eleitoral. O presidente vem dando esses aumentos. Há tempos ele vem fazendo uma política mais frouxa no aspecto fiscal", disse o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). "O governo já havia autorizado negociar o reajuste até 7%. Não é uma diferença tão grande. Foi uma boa solução", afirmou o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). "Eu esperava por isso. O Lula adora fazer cortesia com o chapéu alheio", completou o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA).

Para o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o aumento dado aos aposentados será revertido aos cofres públicos com o pagamento de mais impostos, principalmente no consumo de mercadorias. "O governo fez as contas e viu que podia bancar o aumento de 7,7%. É uma vitória dos aposentados", afirmou.

Na avaliação do líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), o aumento dado aos aposentados ajuda a recuperar o valor dos benefícios do INSS. "O período eleitoral nos ajuda a recuperar o processo acumulado de injustiças em relação aos aposentados".

Para os líderes partidários, o Congresso não sofrerá pressões maiores para conceder reajustes a outras categorias funcionais, depois da sanção de Lula aos 7,72% de aumento para os aposentados. "Não tem nada a ver uma coisa com outra. Aposentado não é uma categoria funcional. Além disso, a grande maioria dos funcionários tem tido aumentos significativos", observou o líder tucano João Almeida. "Não vai dar tempo de ter pressão porque estamos às vésperas da eleição e o governo vai ter capacidade para segurar isso", disse Rodrigo Maia. "Não pode comparar aposentado com outras categorias pontuais", ponderou o líder Henrique Alves.


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