sábado, 6 de março de 2010

CUT, Força e PT estimulam greves em SP

DEU EM O GLOBO

Servidores da educação e da saúde fazem paralisações

SÃO PAULO. Estimulados pela CUT e pela Força Sindical, que fecharam plataforma eleitoral contra a eleição do governador José Serra (PSDB) para a Presidência da República e a favor do PT, os professores da rede estadual decidiram paralisar as aulas nas escolas a partir de segunda-feira. Ontem de manhã, em várias cidades do estado, os docentes já haviam aderido à greve.

Os servidores da saúde também fizeram uma passeata de manhã e entraram em estado de greve. Os policiais ameaçam com paralisações. Os movimentos dos servidores é estimulado pela oposição a Serra, mas os sindicatos negam conotação eleitoral.

— Nossa greve é salarial.

Não adianta o PSDB tentar colocar o bode na sala. Não temos motivação eleitoral alguma.

Queremos aumento salarial e avisamos há dois meses que, se não dessem reajuste, a categoria entraria em greve — disse Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp, o sindicato dos professores paulistas, tradicional aliado do PT e da CUT.

Até a noite de ontem, o secretário de Educação, Paulo Renato Costa Souza, não havia dado entrevista ou divulgado nota sobre a greve.

Cartazes fazem referência à eleição presidencial Na assembleia dos professores ontem na Praça da República, no entanto, os cartazes não esconderam o momento político, com frases como “Governador, quer entrar na Presidência? Faz a provinha” e “Governador vampiro”. Os cerca de 215 mil professores paulistas dizem que não têm reajuste salarial há cinco anos e reivindicam 34,3% de aumento.

Ontem, cerca de 300 servidores da rede de saúde fizeram uma passeata em São Paulo. Além de reajustes, eles reclamam que o governador estaria promovendo um sucateamento do sistema.

Os servidores reclamam que as terceirizações no sistema prejudicam funcionários e pacientes. A categoria decidiu adotar o estado de greve e se prepara para montar um calendário com as paralisações.

O protesto do servidores da Saúde durou cerca de três horas. A concentração começou em frente à Secretaria de estadual de Saúde, junto ao Metrô Clínicas, na Zona Oeste.

Dali, o grupo partiu em direção à Avenida Paulista e encerrou o protesto na Rua Bela Cintra, na Bela Vista, em frente ao prédio da Secretaria de Gestão Pública.

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