sábado, 30 de janeiro de 2010

Dilma faz campanha mesmo sem presidente

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

"Gostaria que me escolhessem como sucessora", afirma ministra

Clarissa Oliveira

A um passo de assumir publicamente sua candidatura à Presidência, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que quer muito ser escolhida para disputar a sucessão do presidente Lula. "Acho que o presidente tem de ter um sucessor à altura do governo dele. Eu gostaria muito que me escolhessem como essa sucessora. Não sou hoje", disse Dilma, após inaugurar um gasoduto da Petrobrás, que liga os municípios de Paulínia, em São Paulo, e Jacutinga, no extremo sul de Minas.

A obra, que custou R$ 275 milhões, é parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do PT para a eleição presidencial deste ano.

Dilma disse que só poderá ser considerada pré-candidata quando tiver seu nome submetido ao congresso do PT, o que está previsto para ocorrer no dia 18 de fevereiro. "Quando concluído o congresso, eu serei candidata se o congresso me escolher."

Mas deixou claro que já tem na ponta da língua o discurso para enfrentar a disputa presidencial. Apesar de o evento tratar de energia, a ministra dedicou quase toda sua fala a assuntos que deverão guiar os comícios na segunda metade do ano. A nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento - o PAC 2 - foi descrita como uma "herança" que o atual governo deixará para as gestões futuras.

Dilma até ensaiou algumas promessas. Sem que houvesse relação com o tema do evento, ela discorreu longamente sobre a construção de creches. Disse que o governo deve não apenas ajudar os municípios a construir as unidades de atendimento infantil, como tem de assegurar um auxílio para o custeio.

Sem perder a chance de afagar os prefeitos presentes, Dilma também prometeu verbas para drenagem no âmbito do PAC . "Que existe chuva, existe. Mas a gente não tem de se conformar. Com a calamidade, não podemos nos conformar."

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