sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lideranças regionais do PSDB cobram definição de nome

DEU NO VALOR ECONÔMICO

Cristiane Agostine, de Brasília

Os dirigentes estaduais do PSDB reuniram-se, em Brasília, com o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), na quarta-feira, e cobraram o lançamento do candidato à Presidência da República o mais rápido possível. Nem José Serra nem Aécio Neves, governadores de São Paulo e Minas Gerais e pré-candidatos, participaram do encontro em Brasília. O governador de São Paulo, no entanto, estava em Brasília e encontrou-se, depois da reunião, com Guerra, deputados e senadores do PSDB.

Em jantar na casa do presidente do partido, os tucanos conversaram com Serra sobre a eleição presidencial, o lançamento do candidato e a manutenção da aliança com o DEM.

"O desejo do partido é que o entendimento venha de uma conversa entre Serra e Aécio", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que participou do jantar e acompanhou o governador paulista em viagem ao Paraná. "Há muita ansiedade do partido para definir logo quem será o candidato e quando será lançado. Mas o prazo será definido por eles", disse Dias.

Ontem estava previsto um almoço entre lideranças do PSDB e DEM, para minimizar divergências geradas com críticas feitas pelo presidente do DEM, Rodrigo Maia, e seu pai, Cesar Maia, ex-prefeito do Rio. O encontro foi adiado para a próxima semana, porque o presidente do PSDB retornou a Pernambuco. "Estamos unidos", disse Guerra.

Aécio, que vem aumentando a pressão pela definição até dezembro, voltou a falar ontem do assunto para destacar que tem a mesma opinião dos dirigentes estaduais, mas mesmo após a reunião, as divergências continuam. Serra mantém a data do fim do prazo de desincompatibilização, em março de 2010, para anunciar sua candidatura.

"O argumento dos dirigentes estaduais é que o governo já lançou sua candidata e precisamos combatê-la. Mas não vamos apressar a escolha", disse ontem Sérgio Guerra.

Aécio Neves reafirmou, também ontem, seu desejo de definir logo o candidato. Ele disse sentir a pressão nos Estados pela indicação do nome para a construção de alianças regionais.

"Os entendimentos regionais, estaduais dependem de alguma forma de uma palavra do eventual futuro presidente da República, pelo menos na expectativa dos nossos companheiros. E, portanto, isso tem feito falta.", disse o governador ontem, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

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