segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Jovens do PMDB lançam Fogaça para o Piratini

DEU NO ZERO HORA (RS)

Cauteloso, prefeito evitou declarações definitivas sobre a possibilidade de disputar governo gaúcho

Mesmo que relute em assumir a candidatura ao governo do Estado em 2010, o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, foi lançado ontem como candidato do PMDB. Na 20ª convenção estadual da Juventude do PMDB, realizada no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, na Capital, Fogaça foi aclamado pelos cerca de 800 participantes que gritavam seu nome em coro.

Além de Fogaça, a convenção dos jovens reuniu líderes como o senador Pedro Simon, presidente estadual do PMDB, e o deputado Eliseu Padilha, secretário-geral. No discurso de posse, o novo presidente da Juventude, Rafael Braga, lançou Fogaça para a campanha estadual de 2010. O antecessor de Braga, Gabriel Souza, puxou o coro e a multidão se pôs a gritar “Fogaça! Fogaça! Fogaça!” e “governador! governador!”

Na hora, Fogaça chegou a fazer um gesto de vitória, de mãos dadas com os colegas, com os braços para o alto. Ao discursar, o prefeito disse que o PMDB vai “retornar ao governo gaúcho com equilíbrio e convivência pacífica”, citando como exemplo as gestões anteriores de Pedro Simon e de Germano Rigotto.

À noite, por telefone, Fogaça negou que o episódio da convenção tenha marcado efetivamente o lançamento de sua candidatura ao Piratini:

– Havia lá também faixas com “Rigotto Governador”. Deixei bem claro no meu pronunciamento que minha tarefa era consolidar o partido em Porto Alegre, através de um governo o melhor possível, e que essa era a tarefa que eu pretendia cumprir nos próximos anos. Não houve nenhuma mudança.

Conforme os números divulgados pelo Ibope em outubro, Fogaça e Rigotto ocupam o segundo lugar na preferência dos eleitores, atrás do petista Tarso Genro. Em um dos cenários propostos pela pesquisa, Fogaça tem 28% das intenções de voto – em outro, Rigotto tem 27%. Entre os principais líderes peemedebistas, a crença é de que Rigotto irá se candidatar ao Senado. Procurado pela reportagem, o ex-governador não foi localizado ontem para comentar o episódio.

Ainda na convenção, Eliseu Padilha disse acreditar que tanto Fogaça quanto Rigotto estão aptos para a tarefa de governar o Estado. O senador Simon convocou os correligionários à reflexão:

– Agora, é hora de meditar e manter a união para fazer a melhor escolha.

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