quarta-feira, 5 de agosto de 2009

'Vou segurá-la no PT'

DEU EM O GLOBO

Berzoini fará apelo para que senadora fique

BRASÍLIA. A decisão da senadora Marina Silva (PT-AC) de refletir sobre o convite de filiação ao PV animou os integrantes da legenda verde e preocupou os petistas. O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que vai conversar com a senadora e fazer um apelo para que ela fique no PT. Além de perder um nome histórico, de expressão até fora do país, o partido ainda correria o risco de ter uma outra mulher disputando a eleição presidencial contra a ministra Dilma Rousseff, em 2010.

— Vamos procurá-la para ouvi-la, pela amizade que temos.

Antes de mais nada, de uma eventual candidatura dela à Presidência, preocupa a saída dela do PT. Não vejo nenhuma divergência programática de fundo. Marina faz parte da história do PT — disse Berzoini. — Se depender de mim, vou segurála no PT. Mas, para casar, precisa a decisão de duas pessoas. Para separar, só de uma.

Entre os integrantes do PV, o fato de Marina ter se mostrado disposta a pensar na mudança de partido deu fôlego a um desejo antigo.

Desde que Marina deixou o Ministério do Meio Ambiente e manifestou sua insatisfação com a política ambiental, políticos do PV a procuraram para pôr a legenda à disposição.

Marina prontamente rechaçou a ideia. Desta vez, diante do convite formal, a ministra balançou.

O deputado Zequinha Sarney (PV-MA) diz que pesquisas qualitativas e quantitativas mostram que a candidatura de Marina é competitiva: — Estamos animados. Eu diria que a candidatura da Marina seria a garantia de uma discussão, na campanha presidencial, sobre o que há de mais moderno, a nova economia de baixo consumo de carbono, o novo padrão de consumo e de produção, a nova economia que o mundo precisa.

Logo depois de receber o convite, Marina ligou para o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP): — Ela ajudou muito a construir o partido, ajudou o Lula a chegar onde chegou.

(Ela tem divergências) Assim como eu tenho. Não é um embate entre pessoas, mas entre propostas.

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