terça-feira, 4 de agosto de 2009

Há 20 anos, Collor atacava Sarney em campanha para sucedê-lo no Planalto

Roberto Almeida
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Quem assistiu à calorosa defesa do senador Fernando Collor (PTB-AL) à permanência do presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP) ontem, em plenário, estranhou. Há 20 anos, Collor, postulante à sucessão de Sarney na Presidência da República, fez ataques duros a Sarney para levar sua candidatura à vitória.

A primeira saraivada teve início ainda em 1987, quando Collor era governador de Alagoas pelo PMDB. Seus ataques qualificavam Sarney como "típico ditador sul-americano" e "o corrupto do Planalto". O atual presidente do Senado foi acusado de "tentar bater a carteira da história", ao propor uma emenda para esticar seu mandato por mais um ano.

No dia a dia da campanha presidencial, as declarações de Collor levaram Sarney a avaliar a proposição de uma ação por crime contra a honra, que por fim não foi levada adiante.

Em 27 de setembro de 1989, às vésperas das eleições, Collor lançava sobre seu eleitorado mais um discurso inflamado. "Os corruptos têm de ir à cadeia, onde só tem ladrão de galinha."

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