sexta-feira, 5 de junho de 2009

Itamar Franco, ex-presidente: ''São Paulo também precisa de Minas''

Eduardo Kattah, Belo Horizonte
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

O ex-presidente Itamar Franco prepara seu retorno à vida política e partidária disposto a contribuir para uma derrota do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. Ele, que deverá formalizar sua filiação ao PPS, cobrou dos partidos oposicionistas "rumo" e uma postura mais contundente. "Se a gente usa pelicas para combater o governo, é complicado."

A campanha presidencial de 2010 foi antecipada?

Eu diria que ela pode estar antecipada pelo governo, mas ela não está definida, porque enquanto nós não definirmos o processo até outubro, quando o Congresso pode tentar algumas modificações - eu espero que não, mas modificações fundamentais e constitucionais -, eu acho prematuro a gente falar que o processo está definido.

Qual será seu papel em 2010?

É ter uma participação de ordem política, não eleitoral. Se eu me filiar ao PPS, o próprio entende que eu posso dar uma ajuda politicamente. Estou pronto.

Seu nome para compor uma chapa com Serra é uma tentativa de unir Minas e São Paulo, já que Aécio resiste à chapa puro-sangue?

O universo hoje que eu vislumbro é a candidatura do governador Aécio. Eu diria que não só Minas precisa de São Paulo, mas São Paulo também precisa de Minas.

As chances de Aécio ser indicado como candidato do PSDB?

Ele está no caminho certo de pedir prévias. Se dependesse da estrutura partidária do PSDB, não seria fácil. Mas eu entendo que ele pode ter sucesso.

Como analisa a oposição ao governo Lula?

Se a gente usa pelicas para combater o governo, é complicado. É como combater o governo no seu aspecto moral e individual. Mas no seu aspecto ideológico, no seu aspecto de princípios, no seu aspecto de realizações, a oposição tem de encontrar o seu rumo.

Como vê a candidatura de Dilma?

Não vai ser fácil combatê-la. Ela é bastante preparada. Por isso eu digo que a oposição brasileira precisa encontrar o seu discurso e estudar os problemas nacionais.

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