terça-feira, 28 de abril de 2009

Doença repercute no exterior

DEU EM O GLOBO

Jornais lembram que candidatura da ministra era dada como certa

O estado de saúde da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi tema de reportagens nas versões online do jornal espanhol “El País” e dos argentinos “El Clarín”, e “La Nación”.

Os textos destacaram que, apesar do longo tratamento que terá pela frente, a ministra continua sendo vista como a candidata mais provável do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o “El País”, apesar de os médicos terem afirmado que o câncer linfático pode ser curado em 90% dos casos, “a notícia revolucionou a classe política do país, tanto do governo quanto da oposição”. O jornal afirma que, como a ministra é a única candidata “com chances reais” de vitória, sua doença reabriu o debate sobre a possibilidade de se alterar a Constituição para permitir a Lula candidatar-se pela terceira vez e competir com o candidato da oposição José Serra.

“Alguns analistas pensam que, se Dilma superar a doença, poderia ver sua candidatura favorecida, ao humanizá-la diante da opinião pública, principalmente entre o eleitorado feminino”, afirma a reportagem do espanhol “El País”.

O jornal “La Nación” destacou em sua versão impressa no domingo que a notícia de que a ministra será submetida a um tratamento complementar de quimioterapia foi inesperada. A reportagem afirma que a candidatura de Dilma era dada como certa.

O também argentino “El Clarín” definiu Dilma como ex-guerrilheira, candidata preferida do presidente Lula e dama de ferro do governo. Segundo a reportagem, a ministra não deixará de trabalhar durante os quatro meses do tratamento, correspondendo, assim, às expectativas de campanha de setores aliados ao governo.

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