sexta-feira, 20 de março de 2009

Pesquisas Datafolha e CNI/Ibope mostram queda na aprovação do governo Lula

Publicada em 20/03/2009 às 15h59m
Chico de Gois
O Globo; Agência BrasilValor OnlineReuters

BRASÍLIA e RIO - Com a piora da crise econômica, duas pesquisas divulgadas nesta sexta-feira mostram queda nos índices de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o levantamento CNI/Ibope , a aprovação ao governo caiu nove pontos percentuais, oscilando do recorde histórico de 73% em dezembro, para 64% em março.

A pesquisa mostrou ainda que, pela primeira vez desde dezembro de 2007, o percentual dos que desaprovam a atuação do governo no combate ao desemprego superou o número de aprovações: 46% responderam que aprovam e 50% que não aprovam. Na última pesquisa, 57% confiavam nas medidas e 40% não.

Já o Datafolha aponta uma queda de cinco pontos percentuais na aprovação do governo federal. De acordo com o instituto, o índice recuou de 70%, em novembro , para 65% em março, na primeira queda registrada pelo instituto no segundo mandato de Lula.

De acordo com o Datafolha, apesar da queda, a aprovação de Lula continua acima dos índices atingidos pelos demais presidentes durante seus respectivos mandatos desde a redemocratização do país. No auge da popularidade do Plano Real, a maior aprovação obtida por Fernando Henrique Cardoso foi de 47% em 1996.

A pesquisa CNI/Ibope ouviu 2.002 entrevistados em 144 municípios entre os dias 11 e 15 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o grau de confiança de 95%.

Já o Datafolha ouviu 11.204 pessoas entre os dias 16 e 19 de março, em 371 municípios de 25 estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo não vê "com nenhum tipo de preocupação" o resultado das pesquisas após o agravamento da crise econômica.

- O governo está com excelente índice de aprovação, mesmo com essa pesquisa divulgada hoje - disse ele, depois da divulgação do levantamento do Datafolha e antes da do CNI/Ibope. - Por outro lado, quem governa tem que enfrentar as questões e resolvê-las. O ônus de governar é esse - completou o ministro, alertando que não se deve, necessariamente, ficar olhando para as pesquisas para não cair na tentação de só fazer coisas que sejam muito agradáveis para melhorar a aprovação.

- Normalmente [quando isso acontece], deixa de fazer aquilo que precisa, a população vê isso e acaba desaprovando - analisou Paulo Bernardo.

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