sábado, 21 de março de 2009

Jungmann: delírio de Lula derrubou popularidade

Nadia Rocha
DEU NO PORTAL DO PPS


"O presidente Lula está colhendo o que plantou", disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), ao avaliar a queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 5 pontos percentuais à postura diante da crise financeira mundial. "Ele subestimou a crise dizendo que a avalanche econômica era uma marolinha. Foi um delírio", críticou o parlamentar.

De acordo com pesquisa do instituto Datafolha, divulgada, nesta sexta-feira, apesar dos esforços para a crise não arranhar a popularidade do presidente da República, a desaceleração econômica global pegou de jeito: Lula caiu de 70 para 65 por cento em relação à útlima pesquisa, divulgada em novembro de 2008. A primeira queda registrada desde o início do segundo mandato. A redução da popularidade também foi registrada pela pesquisa CNI/Ibope. O levantamento aponta para uma queda de 9 por cento na avalição do governo.

Na opinião de Jungmann, Lula terá mais dificuldades nos próximos meses por causa da "tsumani" do desemprego, com a queda de produtividade do setor industrial. Quase 800 mil brasileiros ficaram desempregados entre novembro de 2008 até fevereiro deste ano. Além disso, há outros problemas a serem enfrentados "com seriedade" pela equipe econômica: a crescente redução da arrecadação (cerca de R$ 50 bilhões) e do PIB (Produto Interno Bruto)

."Os estados e municípios, que estão quebrados, logo vão começar a demitir pra valer, se não forem mudadas as regras da negociação das dívidas", prevê o deputado.

Raul Jungmann disse que os sinais do agravamento da crise são claros, mas o governo continua minimizando o problema econômico. "Infelizmente, a situação se agrava dia a dia. Parece um jogo de cabra-cega. Mas Lula continua brincando e olhando a realidade com óculos róseos", afirmou parlamentar.

Ele criticou ainda a meta de crescimento do país divulgada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Diante do inevitável, reduziram a proposta de 4 para 2 por cento. Ainda é irrealista. É preciso ser honesto e franco quando se trata dos detinos do país", alertou Raul Jungmann.

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